O carácter nacionalista da missão espiritual do Profeta Simão Gonçalves Toco tem agora o reconhecimento oficial do Estado angolano por meio das condecorações que foram determinadas pelo Presidente da Republica, João Lourenço, neste 11 de Novembro de 2018, em comemoração dos 43 anos de Independência de Angola. As homenagens foram indicadas pelos deputados da Assembleia Nacional depois de um minucioso debate.

 

Ao Dirigente dos Tocoístas – a título póstumo, coube a medalha da Ordem de Independência, de Primeiro Grau - a mais alta condecoração. Além dele, outro religioso que também mereceu o mesmo reconhecimento póstumo, foi o sacerdote católico Cônego Manuel das Neves.

 

A lista de reconhecimento, no que diz respeito aos ministros de Deus, tem igualmente o nome do Cardeal Dom Alexandre do Nascimento e do Bispo metodista Emílio de Carvalho, condecorados com a Ordem de Mérito Civil, de Primeiro Grau.

 

Já o Reverendo José Belo Chipenda, da IECA, e o bispo  católico Dom Óscar Braga, receberam a Medalha de Bravura e do Mérito Cívico e Social, de Primeira Classe.

 

As condecorações foram atribuídas a oitenta personalidades civis e militares, no âmbito das comemorações do Dia da Dipanda -  11 de Novembro de 1975.

 

Nas palavras de João Lourenço, essas condecorações distinguem "um grupo de cidadãos, que ao longo da nossa História recente e, em circunstâncias muitas vezes adversas e perigosas, prestaram relevantes serviços à nação".

 

Segundo o Chefe de Estado, os homenageados, onde se incluem personalidades do mundo das artes, desporto, ciência, entre outras áreas, "entregaram-se de corpo e alma na defesa do interesse nacional, colocando ao serviço da nação o seu saber, a sua coragem, abnegação, a sua fé. Numa palavra: o seu patriotismo".

 

Os condecorados "têm em comum o facto de serem humildes, sacrificados que se despiram do egoísmo e da vaidade, que acreditaram sempre que a chave do sucesso está só no trabalho abnegado do dia-a-dia, está na luta pelos nobres ideias que abraçamos, não importando os sacríficos que tenhamos de consentir para os alcançar". Disse o Presidente da República. 

 

"Para os nossos jovens e para as gerações vindouras, o nosso apelo para que sigam o exemplo dos contemplados nesta cerimónia, o exemplo dos nossos campeões mundiais de futebol adaptado, cuja proeza está a ser mundialmente reconhecida, pois este é o caminho que gostaríamos de ver a ser trilhado por todos os angolanos: o caminho do sucesso, o caminho da honra", concluiu o Chefe de Estado.

 

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